Diversos segmentos no mercado foram afetados devido a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19). Com os impactos da crise, muitas empresas paralisaram suas atividades comprometendo a geração de renda e emprego. Diante desse novo cenário, é fundamental buscar estratégias para amenizar os efeitos no mundo dos negócios.
Os profissionais de administração, por exemplo, podem atuar como consultores apresentando soluções sustentáveis em diversos segmentos. O presidente do Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA-PI), Roberthy Barbosa, informa a importância do administrador diante desse momento. “É uma oportunidade para os administradores, pois podem orientar muito bem com decisões financeiras, de contratação de pessoal, logística e a nível organizacional, inclusive, enxugando e reestruturando o funcionamento da empresa tornando ela mais virtual e reforçando o atendimento à distância como restaurantes que fazem entrega delivery e os possibilita gerar a receita”, explica.
A alternativa de entrega delivery apresenta pequena proporção de vendas comparada a movimentação normal em atendimento presencial. Mas, tem sido uma oportunidade de manter o negócio ativo e com fidelidade ao cliente. Esse tipo de serviço ganhou ainda mais intensidade devido as medidas preventivas adotadas pelo governo federal, estadual e municipal, diante da pandemia do coronavírus.
Roberthy Barbosa também ressalta a vantagem do profissional de administração se adequar a qualquer atividade, seja no setor educacional, saúde, comercial ou industrial. “Esse profissional consegue ter a visão que o empresário, gestor e empreendedor não consegue perceber, por estar envolvido no problema. Parece ser um momento muito adequado para o administrador nesse sentido de apresentar soluções em momentos de crise, através de consultorias, afinal é natural que tenham essas demandas”, destacou o presidente do CRA-PI.
Pesquisa revela impactos da crise
Estudo realizado pelo Conselho Federal de Administração (CFA) para verificar os impactos provocados no mercado de trabalho revelou que 59,3% de quem trabalha por conta própria precisou interromper suas atividades.
A pesquisa ouviu, de 28 a 31 de março, 1.353 pessoas de cinco grupos: profissionais liberais, empresários, servidores públicos, empregados privados e estudantes. A maioria – 30% – dos entrevistados foi servidores. Nesse grupo, boa parte foi liberada para fazer home office. Para 36% deles, a produtividade do trabalho em casa é a mesma e quase 72% não acreditam que a redução temporária de salário e de jornada de trabalho terá impacto positivo no combate à crise do coronavírus.
Uma das categorias mais prejudicadas com a pandemia do coronavírus é a dos profissionais liberais. Segundo a pesquisa feita pelo CFA, 30% das pessoas desse grupo trabalham com consultoria e 27,4% recebem até dois salários mínimos. Além disso, 59,3% afirmaram que cessaram suas atividades em virtude de algum decreto, seja em nível federal, estadual ou municipal.